Hibridismos e Transparências
segunda-feira, 13 de junho de 2011
Sexo fácil.
Abandonar o vício do cigarro tem sido mais fácil do que eu imaginava. Sinto uma força maior que eu não sabia ter; saber que posso não fumar um cigarro me ensina que eu também posso viver sem tantas outras coisas que eu acho que me fazem tanta falta- como fazer sexo por exemplo. Estar com um homem. É um vício também. E se posso viver sem o vício do cigarro, posso também viver sem essa "roda viva" de caçar homens na internet e que, no fim do dia, não trás nada de bom. Deixa sempre você em alerta, ansioso e stressado e no fundo, no fundo todo mundo tá querendo se abraçar de alguma forma....O sexo é mais uma desculpa para amar de uma forma desajeitada. Não acham? Sei que vocês todos tem experiências semelhantes e eu ficaria feliz eu escutar algumas delas. Quem sabe me ajude a atravessar esse deserto de busca desenfreada por prazeres rápidos e fáceis...E é como dizem por aí...tudo que a gente consegue fácil não damos valor. será?
sábado, 11 de junho de 2011
Bate papo.
Olha, uma coisa tem que ser dita: que se passa com os cara nos bate papos da vida? Todo mundo sabe o que quer, mas não perde a chance de enrolar o outro. A maioria tá mais curiosa em descobrir quem tá do outro lado do computador do que em de fato marcar algo. O pior é que todo mundo tá procurando um cara que , raramente existe: macho, discreto, sarado, bonito e ativo. Tá difícil né ? E aí o próprio bate papo vira um vício sem fim que, a cada vez que você entra, vai cheio de esperanças de que dessa vez você acha o sexo perfeito.As bichas mais insanas acham que um dia encontram o homem de suas vidas..tadinhas...
Eu já perdi a paciência com bate papo faz um bom tempo. Entrei esses dias porque tinha me esquecido o suplício que é ter que lidar com as máscaras que os caras mesmo se impõe. Tá na hora de quebrar isso pessoal e , principalmente, baixar a bola das ilusões que o viado cria pra si. Não faz bem. No fim da noite ces tão tudo sozinhos na frente do computador...acorda.
O prazer é todo seu.
A noite ontem foi sensacional. E melhor, não fumei um só cigarro! Considero uma vitória. Meu paladar já tá melhorando e respiro super melhor.
Mas vamos ao que interessa. Fui a uma boate ontem daquelas bem derrubadas e a experiência foi surreal. Não sabia que existia aquilo lá. Mas existe. O melhor de tudo é que foi muito mais divertido que qualquer festa fina cheia de gente só fazendo carão. É claro que tive que beber um pouco pra encarar o pancadão, mas isso foi fácil. Lá pro fim da noite eu tava numa espécie de porão beijando um cara estilo trabalhador braçal, com direito a colar de aço no pescoço e bermuda jeans. O rapaz queria me fazer ali mesmo no porão; recusei não por pudor, mas porque já estava claro que o que ele tinha pra me dar já tinha se esgotado. Segui em frente.
Conga la conga, Xuxa e outros sucessos dos anos 80 depois, eu já tava pra lá de Bagdá. De lá meu amigo e eu seguimos para o centro-" cinemão á vista"- gritamos. Era o que nos restava para fechar a noite trash com grande estilo. O mais incrível é que em meio a tanta loucura nem um só trago de cigarro! Finalmente vou descobrindo, de forma surpreendente, outras formas de tesão, de excitação, de gozo nas quais o cigarro não precisa mais entrar. Era algo quase como um fetiche- sem cigarro, sem tesão. Vocês se surpreenderiam a descoberta que é quando você toma a decisão e a sustenta de abandonar um prazer. Um mundo de opções se abre. Isso não quer dizer que você não vai mais ter prazer; o que ocorre é o seguinte: você não precisa mais TER que sentir prazer da mesma forma o tempo todo. Isso acaba te paralisando. No ponto que cheguei eu aprendi que posso ter prazer de várias formas e que me fixar em uma só forma de prazer cria vícios que depois tomam conta de mim. À primeira vista minha noite pode parecer para alguns desespero ou apelação. Ao contrário. Foi tudo feito em paz e com consciência de tudo que se passava. Depois que você joga fora a culpa que envolve a experimentação de prazeres novos você vê o tempo que perdeu tentando se adequar às formas de prazeres que te oferecem. Você descobre que o prazer é só seu, e seu para ser inventado.
Conga la conga, Xuxa e outros sucessos dos anos 80 depois, eu já tava pra lá de Bagdá. De lá meu amigo e eu seguimos para o centro-" cinemão á vista"- gritamos. Era o que nos restava para fechar a noite trash com grande estilo. O mais incrível é que em meio a tanta loucura nem um só trago de cigarro! Finalmente vou descobrindo, de forma surpreendente, outras formas de tesão, de excitação, de gozo nas quais o cigarro não precisa mais entrar. Era algo quase como um fetiche- sem cigarro, sem tesão. Vocês se surpreenderiam a descoberta que é quando você toma a decisão e a sustenta de abandonar um prazer. Um mundo de opções se abre. Isso não quer dizer que você não vai mais ter prazer; o que ocorre é o seguinte: você não precisa mais TER que sentir prazer da mesma forma o tempo todo. Isso acaba te paralisando. No ponto que cheguei eu aprendi que posso ter prazer de várias formas e que me fixar em uma só forma de prazer cria vícios que depois tomam conta de mim. À primeira vista minha noite pode parecer para alguns desespero ou apelação. Ao contrário. Foi tudo feito em paz e com consciência de tudo que se passava. Depois que você joga fora a culpa que envolve a experimentação de prazeres novos você vê o tempo que perdeu tentando se adequar às formas de prazeres que te oferecem. Você descobre que o prazer é só seu, e seu para ser inventado.
sexta-feira, 10 de junho de 2011
Amor e sexo.
Hoje me perguntaram se a promiscuidade sexual não anestesia o coração para o amor.
Boa pergunta, não?
Já me fiz essa mesma pergunta 200 vezes...Um estilo de vida libertino entra no caminho do verdadeiro amor? Acho que não. Na verdade acho que é o amor que entra no caminho do amor. explico.
A ilusão que temos sobre o amor, isso sim. É o maior empecilho para uma relação amorosa bacana. Outra coisa que atrapalha é a ilusão sobre o sexo. Já notaram que sempre gozamos mais na expectativa do sexo do que com o sexo em si? Você olha aquela pessoa tesuda, fica louco de tesão e na hora é menos do que você esperava? Pois é, o amor e o sexo numa " tensão flutuante " constante....Não se casam nunca. No meu caso tive que fazer muito sexo, atravessar a coisa por todos os lados para saber de fato o que eu podia tirar dele. Tirei o que pude e o que me deram- não foi muito, mas foi o suficiente pra saber o que me esperava agora. Assim, o sexo dificilmente me domina hoje.Não to dizendo que perdi o tesão, mas que quando faço sexo vou com menos sede ao pote.Já o amor...Permaneço o mesmo romântico bobo de sempre; nunca perdi a esperança de um grande amor. Mas, hoje a espera dói menos e, enquanto espero, sinto menos necessidade de fazer sexo. Todo mundo é carente; é fudido e lascado. Quer ser amado, tocado e reconhecido. Encontramos tudo isso tanto no sexo quanto no amor: ambos de qualidades diferentes, mas não menos valiosas. A coisa é saber escolher e dosar, não o amor e o sexo, mas a esperança que temos nas duas coisas.
Boa pergunta, não?
Já me fiz essa mesma pergunta 200 vezes...Um estilo de vida libertino entra no caminho do verdadeiro amor? Acho que não. Na verdade acho que é o amor que entra no caminho do amor. explico.
A ilusão que temos sobre o amor, isso sim. É o maior empecilho para uma relação amorosa bacana. Outra coisa que atrapalha é a ilusão sobre o sexo. Já notaram que sempre gozamos mais na expectativa do sexo do que com o sexo em si? Você olha aquela pessoa tesuda, fica louco de tesão e na hora é menos do que você esperava? Pois é, o amor e o sexo numa " tensão flutuante " constante....Não se casam nunca. No meu caso tive que fazer muito sexo, atravessar a coisa por todos os lados para saber de fato o que eu podia tirar dele. Tirei o que pude e o que me deram- não foi muito, mas foi o suficiente pra saber o que me esperava agora. Assim, o sexo dificilmente me domina hoje.Não to dizendo que perdi o tesão, mas que quando faço sexo vou com menos sede ao pote.Já o amor...Permaneço o mesmo romântico bobo de sempre; nunca perdi a esperança de um grande amor. Mas, hoje a espera dói menos e, enquanto espero, sinto menos necessidade de fazer sexo. Todo mundo é carente; é fudido e lascado. Quer ser amado, tocado e reconhecido. Encontramos tudo isso tanto no sexo quanto no amor: ambos de qualidades diferentes, mas não menos valiosas. A coisa é saber escolher e dosar, não o amor e o sexo, mas a esperança que temos nas duas coisas.
Começando a experiência.
Decidir parar de fumar é uma coisa foda. Envolve razões que antes não nos dávamos conta. Agora por exemplo to louco pra fumar e sentindo tesão ao mesmo tempo. Comecei a fumar associando o vício à masturbação. Também acho super sexy quando vejo um homem fumando, encostado em algum lugar, numa parada de ônibus ou simplesmente caminhando na rua com o cigarro na mão. Comecei esse blog justamente pra explicar que diabos é isso que me prende a esse vício. To há quase 24 horas sem fumar e pra mim já é uma vitória. Mas sinto que preciso ir a fundo nisso se quiser me libertar dessa porra. O propósito do blog não vai ser só falar sobre este vício, mas sobre outros também...Afinal de contas, quem é que não tem seus vícios secretos? Eles são tão parte de nós, ou talvez até mais parte do que queremos admitir, quanto qualquer outra atividade cotidiana cotidiana . O título "hibridismos e transparências" vai se explicar aos poucos. Ele se refere à exposição de uma vida com a máxima transparência. Vamo ver no que vai dar essa experiência- ela será minha e muito mais ainda de todos vocês.
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